Os meninos de hoje não estão com nada. Vivem no celular, jogando ou em sites de relacionamento. Desenvolvem a puberdade vendo imagens e vídeos. Não dão asas a imaginação.
As amizades são virtuais. Quando muito se encontram nos shoppings para jogar, ver um filme bobo de desenhos ou de “animes”.
Não sabem o quanto é bom a descoberta do contato. Não sabem o que é se trancar por longo tempo no banheiro com um gibi pornô conhecido como “catecismo”. Não sabem como é bom brincar de casinha com as primas. Nem tem ideia do que é encarar a tremedeira da primeira vez com uma mulher.
Antigamente, sim, era bom demais. Quem das antigas que nunca fez um furo em uma bananeira e mandou ver? Depois do fato consumado ficava escorrendo aquela gosma misturada com a nódoa da bananeira. Satisfeito, olhava-mos para o cacho de bananas verdes e pensávamos: São meus filhos!
Agora a garotada se preocupa em definir o que são sexualmente. Antigamente era só H ou M. Agora é tanta letra, número, denominação que parece mais uma confusão psiquiátrica.
Tempo bom, o tempo de Antigamente. No tempo que só existia Adão e Eva e não Adão e Ivo.
*Valdir Barreto Ramos, cronista, poeta, sub-oficial da Marinha, membro da Turma Lima da EAMCE de 1975.