Ranulpho e o Almanaque.

 

            Aqui, agora, realidade é sinônimo e rima da Verdade.

            Parnaíba em seu Almanaque – é a realidade de uma verdade reluzente no esplendor de anos e anos de labor.

            A história vem lá do ano 1923, quando foi lançada festivamente, no Natal, a primeira edição para o ano de 1924. Foi   a realidade verdadeira de Benedito dos Santos Lima – o Bembém. Em seu conteúdo trouxe nomes para fazer história. Logo na capa estampa arte de Benedito Freire – o Bibi Freire, que ressalta o ambiente comemorativo, onde um casal brinda o Almanaque, em sua primeira edição, com um vinho e a aguardente Beneditina.

            Assim, com festividade, dedicação e amizade, Bembém tornou realidade o lançamento deste Almanaque por dezoito edições, até 1941.

            A partir daí, ocorreu uma nova realidade: Bembém passou o direito de editoração ao amigo Ranulpho Torres Raposo, e a primeira edição surgiu em 1942. Coincidência ou acaso do destino, na primeira edição de Ranulpho, nasceria uma filha de Bembém – Sólima Genuina – em agosto daquele mesmo ano. Assim, hoje, ela está presente nesta bela solenidade da Exposição Trajetória do Almanaque da Parnaíba, endoçando a amizade entre Bembém e Ranulpho.

            E, no editorial ‘mais um ano’, o novo editor-proprietário Ranulpho, declara: “Assim é que oferecemos ao público a décima nona edição do Amanaque da Parnaíba, o qual, como bem se pode ver, continua a ser uma expresão panorâmica de nosso Estado”.

            E seguiram-se quarenta e uma edições – até o ano de 1980. mostrando o carisma, a inteligência e a fidelidade de Ranulpho numa sequência harmoniosa.

            Sim, Ranulpho persistiu empolgado, na lida histórica  mostrando a realidade iniciada por Bembém. E, isto é lindo! Nos conduz a uma verdade da personalidade e caráter do novo editor. Houve um acordo: ‘manter o mesmo estilo editorial’. A empreitada caracterizou a sinceridade de uma amizade pautada no amor à Parnaíba, expondo, em suas páginas numeradas, jóias culturais de que a cidade era possuidora.

            Então, temos mais é que louvar a exposição que comemoramos nesta noite. A Trajetoria do Almanaque da Parnaiba  que ora vemos, é digna de louvor, de permancer nos anais culturais e edificadores não só da cidade mas sobretudo, do Piauí ou até mesmo do Brasil.

            Parabéns ao Gabinete de Leitura, na pessoa de Manuel Domingos Neto, por mostrar a verdade de uma realidade nesta exposição trabalhada com bom gosto e dedicação.

[08:24, 23/05/2025] Vicente De PAULA POTÊNCIA: Texto de Sólima Genuína, lido por Antônio Arthur [bisneto do fundador do Almanack da Parnahyba], ontem, 22/05/2025, por ocasião da abertura da exposição de edições do centenário almanaque.

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Pádua Marques

Jornalista, cronista, contista, romancista e ecologista.

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